sábado, 19 de junho de 2010

São Jerônimo




São Jerônimo é conhecido sobretudo como tradutor da Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. É o padroeiro dos bibliotecários e dos tradutores, e patrono das secretárias (inclusive ambos comemorados no dia 30 de setembro).

A edição de São Jerónimo, a Vulgata, é ainda o texto bíblico oficial da Igreja Católica Romana, que o reconhece como Padre da Igreja (um dos fundadores do dogma católico) e ainda doutor da Igreja. Nasceu em Strídon, na fronteira entre a Panónia e a Dalmácia (motivo pelo qual também é chamado de Jerónimo de Strídon), no segundo quarto do século IV e faleceu perto de Belém, em sua cela, próximo à gruta da Natividade.

A Vulgata foi publicada cerca de 400 d.C., poucos anos depois de Teodósio I ter feito do cristianismo a religião oficial do Império Romano (391).

É reconhecido pela Igreja Católica como santo e Doutor da Igreja, e como santo pela Igreja Ortodoxa Oriental, onde é conhecido como São Jerônimo de Stridonium ou Abençoado Jerônimo.

São Lázaro



São Lázaro teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres mais impressionantes de Jesus Cristo, já que foi ressuscitado pelo Senhor depois de quatro dias de haver falecido.

Segundo as Sagradas Escrituras, Lázaro adoeceu gravemente e duas de suas irmãs Marta e Maria enviaram com urgência um mensageiro ao lugar onde se encontrava Jesus com a seguinte mensagem: "Aquele a quem Você ama, está doente". Muito belo modo de dizer com poucas palavras muitas coisas. Se o amar, estamos seguros de que virá, e se vier, livrará-se da morte.

O santo falece e recém ao quarto dia chegou o Senhor. As duas irmãs saem ao encontro de Jesus em meio de lágrimas e soluços lhe dizendo: "Oh, Senhor se tivesse estado aqui! Se tivesse ouvido como te chamava Lázaro! Só uma palavra tinha em seus lábios: 'Jesus'. Não tinha outra palavra em sua boca. Chamava-te em sua agonia. Desejava tanto verte! Oh Senhor: se tivesse estado aqui não haveria morrido nosso irmão".

Jesus responde: - "Eu sou a ressurreição e a Vida. Os que acreditam em Mim, não morrerão para sempre". Jesus, ao vê-las chorar se comoveu e também chorou. Nosso Redentor verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sentiu também a dor diante da morte de um ser querido. Os judeus que estavam ali em grande número, exclamaram: "Olhem quanto o amava!". Jesus disse: Lázaro, eu te mando, saia! E Lázaro se levantou. depois de quatro dias morto, foi ressuscitado milagrosamente e visto pela multidão que contemplou o fato.

Ele também teria sido o primeiro bispo de Marselha. Na Idade Média tornou-se o padroeiro dos leprosos pela associação errada feita com seu homônimo, Lázaro (mendigo e leproso), narrado na parábola mencionada por Lucas- Párabola do Lazáro e do Rico.

São Romualdo


Romualdo era descendente dos duques de Orseoli e nasceu em Ravena, na Itália, no ano de 956. Sua família não tinha vínculo algum com a religião e por isso o rapaz teve uma vida de prazeres e diversões irresponsáveis até os vinte anos. De repente, ao atingir esta idade, tomou conhecimento de como é fácil desperdiçar uma vida por valores sem sentido. Tudo aconteceu por causa de uma luta mortal.

Sérgio, o pai de Romualdo, travou um duelo com seu melhor amigo e obrigou o filho a assisti-lo. A cena de sangue, da qual seu pai saiu como vencedor e assassino, chocou Romualdo e o fez recolher-se a um convento. Depois de passar algum tempo na França, em contato com a espiritualidade da Abadia de Cluny, retornou à Itália.

Repensou a existência e decidindo-se pela vida monástica, ingressou na Ordem de São Bento. Em pouco tempo tornou-se um exemplo para todos, mas isto lhe atraiu algumas inimizades. Tanta era sua disciplina, tamanha era sua dedicação, que passou a sofrer oposição de seus irmãos de ordem.
Deixou o convento, indo viver na companhia de Marinho, um eremita famoso. Aperfeiçoou-se tanto no trabalho espiritual que atraiu vários amigos para a vida religiosa. Até o próprio pai acabou se convertendo por causa dele, abandonando tudo para viver na reclusão de um mosteiro. Mais tarde seu pai também foi canonizado, sendo celebrado como São Severo.

Romualdo fundou vários conventos, sendo o mais famoso deles o de Campo Maldoli, na Toscana, que acabou dando origem à Ordem dos Camaldulenses, criada por ele. Mas sua grande obra foi a reforma da disciplina monástica, que fez os conventos recuperarem os verdadeiros valores cristãos em sua época.
Introduziu uma nova característica na vida dos monges, que além da vida contemplativa consistia na participação ativa dos problemas do seu tempo. Como, as missões na Boêmia e na Polônia; as peregrinações à Terra Santa; a reforma do clero e muitos outros pontos vitais para a Igreja. Em suas peregrinações espirituais, reformou mosteiros e fundou outros novos em Verghereto, em Lemmo, Roma, Fontebuana, Vallombrosa e em Val de Castro, perto de Fabiano.

Romualdo pressentindo a sua morte, despediu-se dos monges e quis morrer sozinho, o que aconteceu no dia 19 de junho de 1027 no convento de Val de Castro. Seu túmulo foi local de muitos prodígios e quando seu corpo foi exumado, cinco anos depois, foi encontrado incorrupto. Venerado pelos devotos, em 1569 o Papa Clemente VIII o canonizou e indicou o dia do seu transito para a festa de São Romualdo, "o pai dos monges camaldulenses".



quarta-feira, 16 de junho de 2010

São Lourenço de Brindisi



Júlio César – nome de batismo do Santo – nasceu em Brindisi a 22 de julho de 1559, filho de Guilherme Russo e Isabel Masella, casal modelarmente religioso, que desde o berço lhe incutiu o temor e o amor de Deus.

Aos oito anos de idade perdeu o pai; pouco depois foi admitido na escola dos meninos oblatos, espécie de pequeno seminário dos frades franciscanos, onde sua inteligência invulgar, fidelíssima memória e aplicação ao estudo o fizeram notar por parte de mestres e condiscípulos.

Adolescente, foi morar com o tio paterno, Padre Rossi, em Veneza. Este dirigia uma escola privada para alunos que seguiam o curso na Universidade de São Marcos e logo descobriu no sobrinho o tesouro que lhe fora confiado. Não hesitou em incentivá-lo na via da santificação e no desejo de abraçar a vida religiosa.

Assim, Júlio César entrou para a Ordem dos Capuchinhos, em Veneza, tomando em religião o nome Lourenço, com o qual tornar-se-ia célebre.

Entregou-se ao estudo das línguas latina, hebraica e grega, além de aprofundar-se em História, Filosofia e Teologia. Sua memória era tão prodigiosa, que aprendeu a Bíblia de cor, confidenciando mesmo a um condiscípulo que, se por desgraça essa obra sagrada viesse a desaparecer, ele seria capaz de reconstituí-la.

Frei Lourenço foi incumbido de pregar mesmo antes de sua ordenação, obtendo muitas conversões, tanto nesse período quanto depois de tornar-se sacerdote.

Tendo o eco do sucesso de Frei Lourenço chegado aos ouvidos do Papa Clemente VIII, incumbiu-o este das pregações aos judeus de Roma. Além de grande teólogo, familiarizado com as Sagradas Escrituras, Frei Lourenço tinha a vantagem de falar correntemente o hebreu. Cumpriu sua missão com êxito extraordinário, o que levou alguns judeus influentes, com considerável número de seus correligionários, a solicitar serem instruídos na verdadeira Religião.

Aos 30 anos, Frei Lourenço foi eleito Guardião (Superior do Convento) de Bassano del Grappa. Três anos após, Vigário Provincial da Toscana e depois de Veneza. Em 1596 elegeram-no Definidor Geral da Ordem, um dos mais elevados cargos. Mais tarde, tornou-se Guardião de Veneza e Provincial da Suíça.

Bastião da Cristandade perseguida

Do Tirol e do Império Austro-Húngaro apelaram aos Capuchinhos para socorrer a fé ameaçada. Frei Lourenço foi escolhido para chefiar um grupo de 11 confrades e fundar Mosteiros em Praga e Viena.

O problema era delicado por causa da pusilanimidade e superstição do Imperador Rodolfo e da influência que exerciam vários de seus auxiliares protestantes -- inclusive o famoso astrônomo Tyco-Brahe -- os quais envenenavam as relações do monarca com os missionários. Foi necessário o apoio de influentes nobres católicos para a revogação de uma sentença de expulsão dos religiosos.

Foi-lhe assim possível fundar três conventos no Império: em Praga, Viena e Gratz, cidade então governada pelo Arquiduque Ferdinando, futuro Imperador, que na época contava 21 anos.

Exímio cruzado, diplomata e mediador

Quando os turcos invadiram a Hungria e rumaram para Viena, dois capuchinhos foram solicitados para capelães das tropas imperiais. Frei Lourenço decidiu ser um deles.

No campo de combate de Alba Real, o Santo era visto em toda parte confessando e animando os soldados. No ardor da batalha, munido de um Crucifixo, foi adiante das tropas gritando: "Avancemos, avancemos!" Por mais que os inimigos se empenhassem em derrubá-lo, foi-lhes impossível. Uma como que mão invisível desviava de tal maneira todos os golpes assestados contra o capuchinho, que os soldados refugiavam-se atrás dele como da mais protetora muralha... Apesar da inferioridade de armas, os filhos da Cruz desbarataram as tropas de Mafoma, infligindo-lhes pesada derrota.

Cena semelhante repetiu-se quando Frei Lourenço exerceu missão diplomática na Espanha, propondo a Felipe III, da parte do Papa Paulo V, nova investida contra os mouros daquele país. Estes, reorganizando-se, já constituíam uma força ameaçadora. Sob o comando de Dom Pedro de Toledo, um reduzido número de cristãos, inflamados pelo zelo do santo capuchinho, expulsou então os mouros de suas melhores posições, apoderando-se de seus bastiões.

São Lourenço de Brindisi exerceu também papel-chave na formação de uma Liga Católica, idealizada pelo Duque Maximiliano da Baviera, a fim de opor-se à Liga Protestante.

Visitando os Príncipes católicos e obtendo sua adesão – sobretudo a do Rei da Espanha, então a mais poderosa nação católica da Europa – tornou ele realidade esse plano.

Com sua habilidade diplomática, apoiada sobretudo em sua fama de santidade, Frei Lourenço, a pedido do Papa, conseguiu várias vezes evitar guerras fratricidas entre os Príncipes católicos, tendo reconciliado também o Arquiduque Matias com seu irmão, o Imperador Rodolfo, pois o primeiro ameaçava abrir uma cisão no Império e iniciar um conflito. Do mesmo modo, conseguiu fazer cessar uma guerra entre o Rei Felipe III da Espanha e o Duque da Sabóia, bem como outra entre o Duque de Parma e o de Mântua.

O intrépido missionário pôs-se então a pregar, "refutando com coragem e impetuosidade implacável" (*) os hereges. Começou a participar de reuniões, promovidas por damas da aristocracia, entre católicos e protestantes, para debater problemas religiosos; seus conhecimentos de Teologia e da Sagrada Escritura propiciavam-lhe sempre superioridade nas discussões.

Colocando a Fé católica acima de tudo, São Lourenço de Brindisi sempre foi um paladino contra os inimigos da Igreja e um arauto da paz entre os príncipes católicos.

Polemista extraordinário e taumaturgo

Frei Lourenço polemizou com o pastor luterano Policarpo Leyser, que escrevera contra ele e os jesuítas um panfleto cheio de injúrias, no qual os desafia a refutá-lo por escrito.

Nessa polêmica, julgou melhor atacar diretamente Lutero, cabeça da heresia, do que aquele Pastor, um de seus inexpressivos membros. Com seu profundo conhecimento da Escritura em seus originais grego e hebreu redigiu uma refutação "das mais originais e das mais geniais jamais concebidas". Isto é, um manual de "consulta rápida e de linhas-mestras claras e precisas", no qual vê-se a "habilidade e competência impressionantes do autor no emprego dos textos originais da Santa Escritura sobre os quais os protestantes pretendiam apoiar-se", partindo assim "para um ataque formidável contra Lutero". Para a redação desse manual, o Santo "compulsa pessoal e escrupulosamente as próprias obras do heresiarca".

Suas atividades eram quase sempre apoiadas por estupendos milagres, narrados por seu primeiro biógrafo e contemporâneo, Frei Lourenço d’Aosta: cegos viam, paralíticos andavam, mudos agradeciam em alta voz. Em cada vilarejo que entrava, era recebido com uma verdadeira apoteose. Feliz época aquela, em que a virtude era popular!

Frei Lourenço ligou-se de santa amizade com o Duque da Baviera, Maximiliano, em quem via um grande zelo pela Religião. A pedido deste, obteve a cura da Duquesa, que sofria de histeria e esterilidade.

Vigário-Geral da Ordem

Em 1602, os padres capitulares elegeram Frei Lourenço para Vigário- Geral da Ordem. Ao mesmo tempo, confiaram-lhe o cuidado de visitar as províncias transalpinas da mesma.

Viajando a pé, às vezes percorrendo até 40 milhas por dia, tanto durante o tórrido verão quanto o frígido inverno, ou enfrentando chuvas torrenciais, visitou ele, em um ano, as Províncias da França, Países Baixos e Espanha.

Nessas visitas, algumas vezes Frei Lourenço ia à cozinha lavar a louça utilizada por seus confrades. Mas esse ato de humildade não o impedia de utilizar a energia, quando necessário. Assim, num convento que dispunha de muitas comodidades, ao lado de uma igreja mal cuidada, chamou a atenção do Guardião: "Deus antes, vós depois" disse-lhe. "Não tendes vergonha de estar todos em um convento aquecido e de mesa bem guarnecida ao lado de uma capela ameaçada de ruína, com a chuva inundando o santuário?"

Seu zelo pelo cumprimento das regras pode ser avaliado pelas Ordenações que deixou em diferentes lugares e os apelos contínuos, insistentes e enérgicos em prol da austeridade tradicional da Ordem, especialmente da mais estrita pobreza.

Os dois grandes amores de São Lourenço: a Virgem Maria e a Sagrada Eucaristia

A devoção que Frei Lourenço votava à Virgem Maria representa algo de inexprimível. Era uma devoção "impregnada de reconhecimento. Ninguém mais que ele foi tão convencido de tudo ter recebido de Maria e por intermédio de Maria". Entre outras graças insignes que o Santo Lhe atribui está a de nunca ter sido sujeito às tentações de sensualidade.

Do púlpito, dizia: "Todo dom, toda graça, todo benefício que temos e que recebemos continuamente, nós os recebemos por Maria. Se Maria não existisse, nós não existiríamos e não haveria o mundo". "Deus queira –insistia ele – que todos, todos, todos, e desde a infância, aprendessem bem depressa essa verdade: aquele que se confia a Maria, que se entrega a Maria, não será jamais abandonado, nem neste mundo nem no outro".

Ele transcreveu, numa obra intitulada Mariale, os sentimentos de seu coração: "É uma mobilização de toda a Escritura para defesa e exaltação da Mãe de Deus". "É o que se escreveu de melhor e de mais completo sobre a Virgem Mãe de Deus".

A outra grande devoção de São Lourenço de Brindisi foi à Sagrada Eucaristia. Ela se exprimia mais propriamente durante o Santo Sacrifício da Missa, que era "o centro não somente de sua vida espiritual, mas de toda sua existência". Para poder expandir seu coração nesse sublime mistério, ele obteve do Papa as dispensas e os indultos necessários, de modo que – coisa inusitada naquela época – podia celebrar a qualquer hora do dia ou da noite. O santo "prolongava a celebração [da Missa] durante seis, oito, 10 horas ou mais". Isso se explica pelos freqüentes êxtases que o arrebatavam nas várias partes do Santo Sacrifício.

Última Missão e predição da morte

A última missão que exerceu foi junto a Felipe III, contra o Duque de Ossuna – homem valente, mas devasso e corrompido, que oprimia seus vassalos – acobertado na Corte por seu parente, o Duque de Uceda, favorito do Rei.

Embora o soberano estimasse muito Frei Lourenço, não queria descontentar o Duque de Uceda. Em vista disso, as coisas não iam para a frente. A Santa Sé também, temendo a cólera do Duque de Ossuna, Vice-rei de Nápoles, não ousava dizer uma palavra para fazê-lo cair.

Frei Lourenço, inflamado de zelo, para provar a santidade da causa que defendia, revelou que em breve morreria e que no prazo de dois anos o Soberano espanhol e o Papa o seguiriam ante o tribunal de Deus.

Poucos dias depois, após um ataque agudo de gota seguido de febre, Frei Lourenço entregava sua alma a Deus, quando cumpria 60 anos. O Papa Paulo V seguiu-o, em janeiro de 1621, e dois meses após, Felipe III. Três anos depois, era a vez do Duque de Ossuna, a quem Felipe IV mandara processar e prender no castelo de Almeida...

Notas

(*) – Frei Arthur de Carmignano, O.F.M. cap., Saint Laurent de Brindes, tradução francesa de Frei Flavien de Québec, O.F.M. cap., Roma, Postulation Générale des Frères Mineurs Capucins, 1959, pp. 22-23. Todos os trechos entre aspas, sem menção da fonte, foram extraídos dessa obra.

Artigo extraído da Revista Catolicismo.

sábado, 5 de junho de 2010

Extras Incríveis

Oi pessoal, vim aqui disponibilizar para vocês outros sites lindos que encontrei:

www.aascj.org.br - Eles vêm crescendo muito e apoiam o catolicismo nas famílias. Também tem um sistema interativo, só entrando para entender, recomendo. :]
http://www.cleofas.com.br - É site de uma editora de livros religiosos, que possui diversos artigos para a expansão do seu conhecimento sobre religião, além de como aplicá-lo na vida, muitíssimo interessante.

Santo Inácio de Antioquia


Inácio (
67 - 110 d.C.) foi Bispo de Antioquia da Síria, discípulo do apóstolo João, também conheceu São Paulo e foi sucessor de São Pedro na igreja em Antioquia fundada pelo próprio apóstolo. SegundoEusébio de Cesaréia, Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia daSíria e segundo Orígenes teria sido o segundo bispo da cidade. Santo Inácio foi detido pelas autoridades e transportado para Roma, onde foi condenado à morte noColiseu, e foi martirizado por leões.

Foi preso por ordem do imperador Trajano (98 - 117 d.C) e condenado a ser lançado aos leões no Coliseu em Roma, as autoridades romanas esperavam fazer dele um exemplo e, assim, desencorajar o cristianismo, porém sua viagem a Roma ofereceu-lhe a oportunidade de conhecer e ensinar os conceitos cristãos, e no seu percurso, Inácio escreveu seis cartas para as igrejas da região e uma para um colega bispo. Ao falar sobre sua execução, Inácio disse a famosa expressão: "trigo de Cristo, moído nos dentes das feras". E na iminência do martírioprometeu aos cristãos que mesmo depois da morte continuaria a orar por eles junto de Deus: Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação.

Santo Inácio escreveu sete cartas: Epístola a Policarpo de Esmirna, Epístola aos Efésios, Epístola aos Esmirniotas, Epístola aos Filadélfos, Epístola aos Magnésios, Epístola aos Romanos, Epístola aos Tralianos.

Santo Inácio enfatiza nas suas cartas para que se preserve a unidade da Igreja de Cristo:

"Convém estardes sempre de acordo com o modo de pensar do vosso Bispo. Por outro lado, já o estais, pois o vossopresbitério, famoso justamente por isto e digno de Deus, sintoniza com o Bispo da mesma forma que as cordas de uma harpa. Com vossos sentimentos unânimes, e na harmonia da caridade, constituís um canto a Jesus Cristo. Mas também cada um deve formar juntamente com os outros, um coro. A concórdia fará com que sejais uníssonos. A unidade vos fará tomar o dom de Deus, e podereis cantar a uma só voz ao Pai por Jesus Cristo. Também ele, então, escutar´vos´á e reconhecerá pelas obras que sois membros do seu Filho. Importante, por conseguinte, vivermos numa irrepreensível unidade. Assim poderemos participar constantemente da união com Deus".

Pois assim, unidos numa mesma Fé tanto será mais forte a oração. A caridade esta diretamente ligada a unidade da Igreja, por isso Inácio chama de orgulhoso aquele que não guarda a unidade da Igreja junto com o Bispo:

"Se a oração de duas pessoas juntas tem tal força, quanto mais a do bispo e de toda a Igreja! Aquele que não participa da reunião é orgulhoso e já está por si mesmo julgado, pois está escrito: "Deus resiste aos orgulhosos." Tenhamos cuidado, por tanto, para não resistirmos ao Bispo, a fim de estarmos submetidos a Deus.".


Santo Inácio enfatiza nas suas cartas para que se preserve a unidade da Igreja de Cristo:

"Convém estardes sempre de acordo com o modo de pensar do vosso Bispo. Por outro lado, já o estais, pois o vossopresbitério, famoso justamente por isto e digno de Deus, sintoniza com o Bispo da mesma forma que as cordas de uma harpa. Com vossos sentimentos unânimes, e na harmonia da caridade, constituís um canto a Jesus Cristo. Mas também cada um deve formar juntamente com os outros, um coro. A concórdia fará com que sejais uníssonos. A unidade vos fará tomar o dom de Deus, e podereis cantar a uma só voz ao Pai por Jesus Cristo. Também ele, então, escutar´vos´á e reconhecerá pelas obras que sois membros do seu Filho. Importante, por conseguinte, vivermos numa irrepreensível unidade. Assim poderemos participar constantemente da união com Deus".

Pois assim, unidos numa mesma Fé tanto será mais forte a oração. A caridade esta diretamente ligada a unidade da Igreja, por isso Inácio chama de orgulhoso aquele que não guarda a unidade da Igreja junto com o Bispo:

"Se a oração de duas pessoas juntas tem tal força, quanto mais a do bispo e de toda a Igreja! Aquele que não participa da reunião é orgulhoso e já está por si mesmo julgado, pois está escrito: "Deus resiste aos orgulhosos." Tenhamos cuidado, por tanto, para não resistirmos ao Bispo, a fim de estarmos submetidos a Deus.".

Inácio também afirma em sua carta à igreja de Roma que ela "preside à irmandade de amor" (Carta aos Romanos [Prólogo]).

Inácio revela-se conhecedor das processões divinas em Deus, ao reconhecer no Cristo a processão intelectiva de Deus: "De fato, Jesus Cristo, nossa vida inseparável, é o pensamento do Pai", o que seria mais tarde explicado à luz da filosofia por São Tomás de Aquino.

É interessante constatar como as comunidades cristãs no século I tinham um conhecimento aprofundado da natureza de Deus, Jesus Cristo é: "gerado e não criado, Deus feito carne". Gerado e não criado (ingênito).

Com este testemunho, Inácio trouxe para a construção do Dogma, pedras sólidas que ajudaram o Concílio de Nicéia (325 d.C.) a fixar noCredo o genitum non factum, isto é, gerado e não criado. Embora Inácio ainda não tivesse esta precisão, Atanásio que colaborou na elaboração do vocábulo, reconheceu a perfeita ortodoxia no texto desta carta.

Inácio reconhecia a autoridade da igreja de Roma sobre as demais igrejas. Para ele, Pedro e Paulo teriam pregado naquela cidade.

Santíssima Trindade

"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual".

Maria no cristianismo

Inácio além de afirmar a Divindade de Cristo também afirma a virgindade de Mariae sua descendencia do rei Davi:

"E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo a virgindade de Maria e seu parto, bem como a morte do Senhor: três mistérios de clamor, realizados no silêncio de Deus".

"A verdade é que o nosso Deus, Jesus, o Ungido, foi concebido de Maria segundo a economia divina; nasceu da estirpe de Daví, mas também do Espírito Santo"

Inácio também declara que os cristãos herdeiros da Nova Aliança não guardam mais osábado, mas se reúnem no dia do Senhor (odomingo):

"Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre".

Santa Margarida Maria Alacoque



Margarida Maria Alacoque, nasceu no dia 22 de Agosto de 1647 em Verosvres, na Borgonha. O seu pai, juiz e tabelião, morreu quando Margarida ainda era muito jovem.

Após a morte de seu pai, Claudio de Alacoque foi morar na casa de seu tio Toussant(tussã) e sofreram ela e sua mãe, dona Felizberta de Alacoque. Assim ela conheceu a humilhação da necessidade, vivendo ao capricho de parentes pouco generosos e nada propensos a consentir que ela realizasse o seu desejo de fechar-se no convento.

Recebeu a comunhão aos nove anos e aos 22, a confirmação, para a qual quis preparar-se com confissão geral: ficando quinze dias preparando-se, escrevendo num caderninho a grande lista de seus pecados e faltas, para ler depois ao confessor.

Na festividade de São João Evangelista de 1673, uma moça de vinte e cinco anos, irmã Margarida Maria, recolhida em oração diante do Santíssimo Sacramento, teve o singular privilégio da primeira manifestação visível de Jesus, que se repetiria por outros dois anos, toda primeira sexta-feira do mês.

Em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e apontando com o dedo seu Coração, exclamou: "Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles".

Margarida Maria Alacoque, escolhida por Jesus para ser a mensageira do Sagrado Coração, já fazia um ano que vestira o hábito das monjas da Visitação em Paray-le-Monial. No último período de sua vida, nomeada mestra das noviças, ela teve a consolação de ver propagar-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e os próprios opositores de outrora mudarem-se em fervorosos propagadores.

Morreu em 17 de Outubro de 1690, aos 43 anos de idade.

Foi canonizada em 1920, mas a data da sua festa foi antecipada por um dia para não coincidir com a de Santo Inácio de Antioquia.